Você já parou para pensar no que há de tão magnético naquele tapete hexagonal laranja e vermelho? Ele não fala, não se move, mas, de alguma forma, sussurra segredos que atravessam décadas. Em O Iluminado, de Stanley Kubrick, ele é mais que um objeto, caso raro de decoração que virou personagem, um chão que conversa por enigma sem dizer uma só palavra. Vem comigo, juntos vamos explorar os detalhes deste mistério visual.
O Conceito e Design
Kubrick, com sua obsessão por detalhes, escolheu o tapete sabendo que ele mexeria com o subconsciente do público. Na época não era amplamente discutido sobre “NeuroDesign ou NeuroArquitetura” mas ele entendia intuitivamente como formas e cores manipulam a percepção. O tapete, cobrindo corredores longos, cria um “loop infinito” que confunde o hipocampo, responsável pela navegação espacial.
O padrão hexagonal do tapete cria um efeito visual que aprisiona o olhar e dá uma sensação de labirinto.
As cores laranja, vermelho e marrom evocam perigo e tensão psicológica, pois são tons quentes associados ao fogo, ao sangue e à agressão. Isso ativa o subconsciente do espectador, gerando desconforto sem que ele perceba exatamente o porquê.
